Líder ou Gerente?

Líder ou Gerente?

Há quem diga que o bom gerente é um bom líder, mas nem sempre precisa ser assim, uma vez que há a possibilidade de uma pessoa ser um bom gerente e ainda não ser um bom líder.

O gerente é o profissional que possui um bom conhecimento nos processos necessários ao projeto, ele é bom em definir os melhores métodos para atingir os resultados almejados. Tem um papel mais estratégico, delega as tarefas aos colaboradores e fornece os feedbacks para cada membro da equipe.

Embora o gerente esteja à frente de pessoas, a liderança pode ou não ser exercida de forma eficiente. Pois liderar é uma arte, e uma ciência também, que pode e precisa ser aprendida. Ou seja, em muitos casos, o profissional tem habilidades técnicas muito interessantes para estar à frente do projeto, mas ainda precise de alguns treinamentos de desenvolvimento pessoal para aperfeiçoar a sua liderança, como as formas de como ele trabalha a motivação da sua equipe.

Podemos ousar dizer que a liderança é mais um status do que uma função. É um patamar atingido após adquirir a confiança das pessoas naquilo que você gerencia e obter respeito dos demais quando se apresenta a sua opinião.

Como um líder pode manter-se motivado

Como um líder pode manter-se motivado

Sabemos que o líder é um agente de motivação muito importante em uma equipe. Ele tem o papel de orientar o colaborador à manter-se motivado individualmente e gerir toda a equipe para que a motivação também seja grupal. Mas para o líder executar essa função com a equipe e obter resultados satisfatórios, ele também precisa ter motivação no que faz.

Gostar e acreditar no que faz é o primeiro passo para manter-se motivado. É claro que em tudo há desafios, imprevistos e tempos ruins. Por isso, é necessário acreditar, estar convicto de que o que fazemos é condizente com nossos valores, propósitos e que faz sentido tudo aquilo em que trabalhamos.

Investir em si mesmo também ajuda a viver de uma maneira positiva e encarar tudo com mais motivação, tanto no trabalho como em relacionamentos. Quando falamos em investir, nos referimos a cuidar mais de si mesmo, se permitir experiências e mimos. Experiências como novas viagens, coisas que nunca fez outrora na vida (como saltar de pára-quedas ou ser voluntário em ações sociais, etc). Fazer exercícios também é um investimento, pois proporciona uma saúde melhor e consequentemente mais disposição para o trabalho e demais atividades diárias.

Enfim, para ser um bom líder é preciso aplicar todos os princípios da liderança em si mesmo primeiramente, e este é um deles: a automotivação. E antes de todos os passos até aqui mencionados, é preciso buscar autoconhecimento, pois assim é possível descobrir outras coisas que podem gerar motivação, novos propósitos e novas perspectivas de mundo.

Conflitos no ambiente de trabalho

Sabemos que o conflito é algo comum em qualquer grupo. Para Moscovici (1997) o conflito é até um fator positivo, pois ele “previne a estagnação decorrente do equilíbrio constante da concordância, estimula o interesse e a curiosidade pelo desafio da oposição, descobre os problemas e demanda sua resolução. Funciona, verdadeiramente, como raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais.”. Mas e quando o conflito atrapalha o bom desenvolvimento da equipe? E dependendo do nível que o conflito em um equipe chegar, os resultados da empresa também podem ser comprometidos.

As soluções não podem ficar somente a cargo do gestor, embora esse tenha um papel fundamental na resolução, pois um líder executa também a função de mediador. E isso é essencial: um mediador para conversar com ambas as partes e entender o que causou insatisfação em ambos. É importante também, não buscar soluções imediatas no momento do conflito, pois nem sempre se sabe a maturidade e controle emocional que o colaborador possui, e motivado pela raiva ou mágoa, podem ser tomadas ações movida por emoções, distanciando assim uma solução almejada. Outro ponto fundamental que cabe ao gestor é acompanhar o período pós-conflito. Pode ser marcando uma reunião com ambas as partes alguns dias depois e também orientando toda a equipe com novas estratégias para que a situação não se repita.

E como mencionado, não cabe somente ao gestor a prevenção e a resolução de conflitos. Cada colaborador pode contribuir para o bom relacionamento da equipe, analisando seu próprio comportamento quando está diante de uma situação desagradável com o colega. O que causou essa insatisfação? Pode ser uma diferença de cultura ou pensamentos. Há a possibilidade de mesclar as duas formas de pensar? Enfim, fazer outros questionamentos também, como a possibilidade de alguma das partes estar com problemas pessoais ou familiares, no qual está interferindo no trabalho.

Perfil Comportamental

Hoje não se restringe mais ao recrutador o papel de identificar os perfis comportamentais. Para uma equipe ter um bom desempenho, é essencial que o líder seja capaz de identificar as habilidades (pontos fortes) e pontos a desenvolver do colaborador, pois identificando seu perfil, obtém-se mais vantagem em seu desempenho, ou seja, isso mantém a equipe produzindo de forma mais positiva.

Quais são esses perfis? São eles:

  • Executor: é um perfil dominante. São diretos, competitivos e corajosos em relação a novos projetos, porém são poucos empreendedores.
  • Planejador: São mais calmos, pacientes e estáveis. Possuem uma boa capacidade analítica e são  ótimos intermediadores de conflito
  • Analista: são mais detalhistas, responsáveis e conservadores. São meticulosos nos projetos, mas possuem dificuldades de planejamento.
  • Comunicador: são pessoas com alto nível de carisma, e também possuem a persuasão. Se entusiasma com facilidade e podem ser considerados pelas equipes como fonte de motivação, mas também são pouco hábeis em planejamento.

Percebeu como cada perfil possui um comportamento específico em destaque? Então, analisar os perfis e a necessidade da equipe (quais lacunas devem ser preenchidas), são tarefas de um bom líder.

O líder criativo

Segundo Sanchez, a criatividade é uma sublime dimensão da condição humana. Criar é inventar ou produzir coisas novas, a partir dos recursos disponíveis. E é esse verbo que deve estar constantemente presente na rotina de um líder, em forma de ações.

Como manter uma equipe motivada, frente a tantos desafios do dia a dia? Como manter o bom alinhamento da equipe com os objetivos da empresa? Por isso a criatividade é uma habilidade tão importante para tornar-se um bom líder.

O lado positivo de tudo isso é que a criatividade é uma habilidade que pode ser aprendida, assim como a liderança. No caso da liderança, são hábitos específicos que precisam ser praticados para aperfeiçoar o comportamento de líder. Mas se tratando de criatividade, são atividades que podem ser exercidas para desenvolver o seu lado criativo. Algumas dessas atividades são: aprender coisas novas (música, pintura, outra idioma, etc) e utilizar de jogos (como xadrez ou qualquer outro esporte também) como exercício para a mente.

Proatividade: a base para uma boa equipe

Atualmente, para se destacar no mercado de trabalho precisamos de mais do que habilidades técnicas e sim um bom número de habilidades pessoais bem desenvolvidas. Entre estas habilidades, uma em especial dá bastante destaque ao profissional que a possui: a proatividade. Mas vale lembrar que ser proativo não significa apenas ser o primeiro a tomar atitudes em um grupo.

A proatividade engloba uma mudança de mindset e também responsabilizar-se por suas escolhas. É comum que quando as coisas não saem como esperávamos, nós procuramos identificar o que foi a causa, para quando fazermos de novo não repetirmos o erro, e mais comum ainda é “identificar” que em sua maior parte, fatores externos são o motivo de não termos conseguido o esperado. Mas isso é fugir das responsabilidades de suas escolhas e poder de atuação! Logo, o princípio da proatividade é a mudança dessa crença que tínhamos como certa, e assim, buscarmos assumir nosso envolvimento nas consequências ruins também, não somente quando se ganha.

A proatividade é necessária para um bom desempenho de uma equipe. Pois se cada um toma para si o compromisso e a responsabilidade em entregar resultados, o projeto tende a obter os resultados de prazo esperados por seu contratante.

A importância de um feedback assertivo

Uma das principais funções de um líder é manter a equipe motivada para desempenhar as tarefas de acordo com os objetivos da organização. Mas mesmo motivada, para alinhar esses objetivos, uma ferramenta é essencial: o feedback.

Ao fornecer um feedback, a intenção comum dos líderes é mostrar ao colaborador os pontos a melhorar em sua função, assim como parabenizá-lo nos pontos positivos. Mas ao abordar esses pontos a melhorar, alguns gestores têm dificuldades e por vezes preferem não abordar.

A seguir tem algumas dicas para dar um feedback mais assertivo:

  • Exerça a empatia: entendendo como o outro pensa e se sente, pode lhe oferecer estratégias para orientá-lo a agir com as ferramentas/conhecimento que ele já possui
  • Reserve um momento para o feedback: isso lhe proporcionará vários pontos positivos como foco de ambas as partes e facilidade em leitura corporal, além de ser mais respeitoso
  • Não tema em dar feedback negativo: considera-se essa a parte mais construtiva dessa reunião, então caso tenha dificuldades, procure trabalhar sua comunicação como líder. Livros, palestras, meditação, dentre outros, podem lhe ajudar a ter uma comunicação mais assertiva, que é uma característica essencial de um líder.

São apenas algumas dicas, dentre muitas possibilidades. É importante que o feedback seja assertivo, para que os colaboradores possam ter um desempenho melhor e consequentemente, as equipes terão maior produtividade.

Como a autoestima pode influenciar sua carreira?

Ter uma boa autoestima não significa mais apenas uma questão de bem estar pessoal. Além dos benefícios que esta traz a si próprio, ela pode influenciar na sua produtividade profissional, e consequentemente até na sua carreira. Você sabia?

Saber reconhecer seus valores e habilidades em si mesmo, ter respeito consigo próprio e buscar o autoconhecimento, são características de uma boa autoestima. Todas essas características podem ser inatas ou desenvolvidas, sendo que cada indivíduo pode desenvolver de uma maneira ou tempo diferente.

Um profissional com uma boa autoestima influencia diretamente no bom desempenho da equipe, pois é seguro de si próprio, não enxerga o colega como uma ameaça e valoriza o outro, respeitando suas diferenças. Uma autoestima elevada proporciona mais empatia. Além de ajudar o colaborador a ter mais interesse em suas atividades, executando-as com mais prazer e atenção, podendo assim também diminuir até mesmo alguns erros cotidianos que interromperia o progresso da equipe.

Percebes como esse detalhe pessoal pode influenciar na sua carreira? Pois tendo mais segurança em si mesmo, haverá mais facilidade em desenvolver suas habilidades, o que pode te trazer destaque na equipe e na empresa.

Método SMART

Criada por Peter Drucker, SMART é uma técnica que vai te ajudar a planejar metas pessoais ou profissionais de maneira eficiente.

S – Specific (Específico)
O objetivo deve ser específico e direto, facilmente entendido por qualquer pessoa.

M – Measure (Mensurável)
Deve-se colocar uma medida, para avaliar se o objetivo foi alcançado ou não. Por exemplo, se seu objetivo é relacionado à corrida de rua, M será a quantidade de quilômetros.

A – Achievable (Atingível)
O objetivo deve ser ousado, porém dentro da realidade. Caso contrário, em vez de motivar, irá causar frustração.

R – Relevant (Relevante)
A meta deve ser relevante para você. Assim, a sua recompensa valerá o esforço

T – Time (Tempo)
O Objetivo se torna uma meta quando se coloca prazo. Sem uma data definida, o objetivo sempre fica para depois.

Trabalhar em Grupo ou em Time

Quando se trabalha em grupo, o ambiente dos colaboradores está em foco. Aparentemente tudo corre bem, não há discussões e superficialmente tudo está em paz. Este é um grande perigo.

Quando todos concordam com tudo, sem objeções, há o risco de boas ideias ficarem apenas na mente dos colaboradores, para que não abale o “clima do grupo”. Com isso, a possibilidade de crescimento com uma nova ideia, é esquecida em nome da boa vizinhança.

Quando se trabalha em time, o bem da empresa é o norte, mesmo que isto crie algumas discussões. Com boas discussões de ideias, com participação ativa dos líderes, novas soluções são criadas, tirando todos da zona de conforto. Com o alinhamento de objetivos de empresa e times, a empresa tende a se desenvolver ainda mais.