Como um líder pode manter-se motivado

Como um líder pode manter-se motivado

Sabemos que o líder é um agente de motivação muito importante em uma equipe. Ele tem o papel de orientar o colaborador à manter-se motivado individualmente e gerir toda a equipe para que a motivação também seja grupal. Mas para o líder executar essa função com a equipe e obter resultados satisfatórios, ele também precisa ter motivação no que faz.

Gostar e acreditar no que faz é o primeiro passo para manter-se motivado. É claro que em tudo há desafios, imprevistos e tempos ruins. Por isso, é necessário acreditar, estar convicto de que o que fazemos é condizente com nossos valores, propósitos e que faz sentido tudo aquilo em que trabalhamos.

Investir em si mesmo também ajuda a viver de uma maneira positiva e encarar tudo com mais motivação, tanto no trabalho como em relacionamentos. Quando falamos em investir, nos referimos a cuidar mais de si mesmo, se permitir experiências e mimos. Experiências como novas viagens, coisas que nunca fez outrora na vida (como saltar de pára-quedas ou ser voluntário em ações sociais, etc). Fazer exercícios também é um investimento, pois proporciona uma saúde melhor e consequentemente mais disposição para o trabalho e demais atividades diárias.

Enfim, para ser um bom líder é preciso aplicar todos os princípios da liderança em si mesmo primeiramente, e este é um deles: a automotivação. E antes de todos os passos até aqui mencionados, é preciso buscar autoconhecimento, pois assim é possível descobrir outras coisas que podem gerar motivação, novos propósitos e novas perspectivas de mundo.

Empatia: uma chave para o bom trabalho em equipe

Entende-se por empatia a capacidade de se colocar no lugar do outro e buscar compreender seu ponto de vista ou, em alguns casos, também seu sofrimento. Porém, algumas equipes acabam tendo dificuldades em praticar a empatia devido ao espírito competitivo e sob pressão do ambiente. Por isso difundir essa prática, pode ser papel do gestor também.

Ações de comunicação interna também podem estimular o colaborador a manter essa característica chave em seu dia a dia de trabalho. Umas das maneiras de o colaborador adquirir essa característica por conta própria é através do autoconhecimento. Pois, segundo a teoria “Projeção Freudiana”, acontece de projetarmos no outro aquilo que nos desagrada. Então quando achamos que o outro está errado em algo, pode ser que na verdade é algo que nos incomoda em nós mesmos e não sabemos lidar.  O autoconhecimento se torna a premissa básica para praticar a empatia.

Algumas outras característica no colaborador também poder ajudar no desenvolvimento dessa habilidade, como a capacidade de ouvir mais, prestar mais atenção no outro antes de tirar conclusões precipitadas.

Assim, com um ambiente mais empático, o bom relacionamento da equipe é algo certo, pois a probabilidade de conflitos é menor.

Agir de maneira positiva pode alavancar a sua equipe

Um ambiente positivo pode influenciar muito na produtividade de uma equipe. Assim como se houver um clima negativo, pode haver não somente conflitos, mas também desmotivação, queda de produtividade e atraso nos resultados.

A questão a se discutir é que essa positividade precisa partir dos indivíduos. Embora muitas situações como entregas atrasadas, pressão sobre metas a cumprir, não favoreçam para um clima melhor, como vamos reagir a elas é uma escolha nossa. Podemos encarar as situações desagradáveis de maneira positiva ou enaltecer a negatividade do momento, é uma questão de escolha.

Para conseguir lidar com as situações de maneira mais positiva, antes precisamos moldar em nós o hábito de ser mais positivo. Alguns meios para alcançarmos isso é através do autoconhecimento, e de mais algumas práticas como meditação e desafiar os pensamentos negativos, questioná-los ao invés de dar razão de forma imediata. A prática da gratidão também é algo que pode nos fazer muito bem.

Por fim, a prática de exercícios físicos também nos ajudam a viver mais positivamente. Pois liberam células que produzem a sensação de bem estar, além de acelerar o metabolismo para trabalharmos melhor.

Esses simples gestos podem fazer a diferença na rotina de uma equipe. Se cada indivíduo buscar o melhor de si e buscar afastar-se das coisas ou atitudes que afastam a positividade de si.

Conflitos no ambiente de trabalho

Sabemos que o conflito é algo comum em qualquer grupo. Para Moscovici (1997) o conflito é até um fator positivo, pois ele “previne a estagnação decorrente do equilíbrio constante da concordância, estimula o interesse e a curiosidade pelo desafio da oposição, descobre os problemas e demanda sua resolução. Funciona, verdadeiramente, como raiz de mudanças pessoais, grupais e sociais.”. Mas e quando o conflito atrapalha o bom desenvolvimento da equipe? E dependendo do nível que o conflito em um equipe chegar, os resultados da empresa também podem ser comprometidos.

As soluções não podem ficar somente a cargo do gestor, embora esse tenha um papel fundamental na resolução, pois um líder executa também a função de mediador. E isso é essencial: um mediador para conversar com ambas as partes e entender o que causou insatisfação em ambos. É importante também, não buscar soluções imediatas no momento do conflito, pois nem sempre se sabe a maturidade e controle emocional que o colaborador possui, e motivado pela raiva ou mágoa, podem ser tomadas ações movida por emoções, distanciando assim uma solução almejada. Outro ponto fundamental que cabe ao gestor é acompanhar o período pós-conflito. Pode ser marcando uma reunião com ambas as partes alguns dias depois e também orientando toda a equipe com novas estratégias para que a situação não se repita.

E como mencionado, não cabe somente ao gestor a prevenção e a resolução de conflitos. Cada colaborador pode contribuir para o bom relacionamento da equipe, analisando seu próprio comportamento quando está diante de uma situação desagradável com o colega. O que causou essa insatisfação? Pode ser uma diferença de cultura ou pensamentos. Há a possibilidade de mesclar as duas formas de pensar? Enfim, fazer outros questionamentos também, como a possibilidade de alguma das partes estar com problemas pessoais ou familiares, no qual está interferindo no trabalho.

O Profissional Multipotencial

Você conhece alguém que executa tarefas de diversas áreas diferentes em sua jornada de trabalho? Ou você também é assim? Se sim, saiba que estamos falando aqui de multipotencialidade. Esta habilidade vem se tornando mais comum em nosso século, em meio às transformações tecnológicas e do mercado de trabalho em que vivemos.

Mas não é somente em executar várias tarefas que se resume ser multipotencial. É preciso ser eficiente (especialista) em suas ações para distinguir a multipotencialidade da incapacidade de foco. Sim, as pessoas com essa rara habilidade muitas vezes são interpretadas como profissionais que não possui foco ou objetivo em sua carreira.

Se você é médico e gosta de tecnologia, por que não atuar nas duas áreas, criando aplicativos ou novas tecnologias para a medicina? Se você é advogado e gosta de artes plásticas, por que não atuar nas duas áreas se especializando em direitos autorais de obras ou contratos para artistas? Para unir duas ou mais áreas de atuação, é preciso dominar habilidades técnicas de ambas as áreas.

Profissionais multipotenciais são aqueles que têm a capacidade de unir habilidades de duas ou mais áreas para criar produtos e serviços inovadores, pois cada combinação é única, por combinar também as habilidades pessoais do indivíduo.

Perfil Comportamental

Hoje não se restringe mais ao recrutador o papel de identificar os perfis comportamentais. Para uma equipe ter um bom desempenho, é essencial que o líder seja capaz de identificar as habilidades (pontos fortes) e pontos a desenvolver do colaborador, pois identificando seu perfil, obtém-se mais vantagem em seu desempenho, ou seja, isso mantém a equipe produzindo de forma mais positiva.

Quais são esses perfis? São eles:

  • Executor: é um perfil dominante. São diretos, competitivos e corajosos em relação a novos projetos, porém são poucos empreendedores.
  • Planejador: São mais calmos, pacientes e estáveis. Possuem uma boa capacidade analítica e são  ótimos intermediadores de conflito
  • Analista: são mais detalhistas, responsáveis e conservadores. São meticulosos nos projetos, mas possuem dificuldades de planejamento.
  • Comunicador: são pessoas com alto nível de carisma, e também possuem a persuasão. Se entusiasma com facilidade e podem ser considerados pelas equipes como fonte de motivação, mas também são pouco hábeis em planejamento.

Percebeu como cada perfil possui um comportamento específico em destaque? Então, analisar os perfis e a necessidade da equipe (quais lacunas devem ser preenchidas), são tarefas de um bom líder.